Nobel de Química de 2019

Bateria de íon de lítio: a invenção que levou o Nobel de Química de 2019 é responsável por uma verdadeira revolução tecnológica

Os cientistas M. Stanley Whittingham, Akira Yoshino e John B. Goodenough acabam de receber o Prêmio Nobel de Química por terem desenvolvido as baterias de íons de lítio. Você conhece essa história?

A primeira bateria de lítio começou a ser produzida em 1912 pelo físico-químico Americano Gilbert Newton Lewis, conhecido por várias descobertas, como o compartilhamento e transferência de elétrons. Foi a partir da pesquisa dele que os atuais ganhadores do Prêmio Nobel de Química 2019 conseguiram chegar até a bateria de íon de lítio.

Nos anos 1970, em meio á grande crise do petróleo, o britânico M. Stanley Whittingham começou a investigar meios de obter energia sem a necessidade de usar combustíveis fósseis. Pesquisando supercondutores, ele descobriu um material rico em energia, que usou para liberar seus elétrons externos. Ao recorrer á pesquisa de G. N. Lewis, Whittingham descobriu que poderia abrigar e intercalar íons de lítio. A primeira bateria desenvolvida era muito instável porque usava lítio metálico e, por isso, representava riscos para a segurança, especialmente durante seu carregamento. Então, a pesquisa mudou de foco, para que fosse desenvolvida uma bateria não metálica de lítio. Por isso, Whittingham é conhecido como o pai das baterias lítio recarregáveis.

Em 1980, o americano John B. Goodenough liderou uma equipe de pesquisa da Sony Corporation para produzir uma versão mais estável da bateria de lítio recarregável e foi capaz de expandir o trabalho anterior de M. Stanley Whittingham, dobrando   a capacidade do íon de lítio e trazendo uma alta densidade de energia. Mas foi só em 1991 que a Sony comercializou a primeira Bateria de íon de lítio. Neste mesmo período, o japonês Akira Yoshino começou a pesquisar baterias recarregáveis usando poliacetileno. Em 1983 ele fabricou uma bateria recarregável protótipo usando óxido de cobalto e lítio. Como esta bateria era muito grande e apresentava problemas de instabilidade, ele passou a usar material carbonáceo como ânomo. Assim, em 1985 ele fabricou o primeiro protótipo do LIB e recebeu a patente básica.

Foram anos de testes e pesquisas para se conseguir a tecnologia segura e estável que temos hoje: as baterias de íon de lítio são leves, compactas, sem problemas de vício e são usadas em praticamente todos os tipos de dispositivo, desde telefones celulares a laptop e carros elétricos. Elas também são capazes de armazenar quantidades significativas de energia solar e eólica, por isso nós, da Revitar, utilizamos esse tipo de bateria em nossos equipamentos. É um caminho para a redução do uso de combustíveis fósseis, com mais sustentabilidade ambiental.

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